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13.3.10

SERRA DO RIO DO RASTRO e URUBICI - (viagem parte III)

O meu amigo Adilson Simões, mentor intelectual dessa viagem, me disse que subir a Serra do Rio do Rasto seria um dos pontos altos da viagem, Pura verdade! Serpenteando entre montanhas altíssimas de pura rocha, tivemos uma vista maravilhosa pois o dia estava a nosso favor.



O interessante é que em qualquer lugar que se olhe, existe sempre um cenario especial.
Borboletas e flores cobrem as margens da estrada, nos obrigando a parar para fotografar.




Os manacás estavam florindo e cobriam a serra, embelezando ainda mais a paisagem.





E as cachoeiras? Ah, muitas e cada qual querendo disputar o concurso de mais bonita.










A Serra do Rio do Rastro é uma dos  locais que o turismo não explora. Pouco divulgada é sem dúvida um dos cartões postais das serras Catarinenses.




Finalmente chegamos a nosso destino, a pequena cidade de Urubici (que significa passaro com asas brilhantes). A cidade em sí, nada tem de especial e neste dia iniciava a Festa das Hortaliças, enchendo os pouquissimos hoteis de plantadores e compradores. A surpresa porém estava para acontecer no dia seguinte, quando guiados por Alex, um ex-seminarista, fomos conhecer os encantos locais.

A neblina ainda cobria os campos, quando iniciamos nosso passeio, por uma estrada de terra, poeirenta.

Já do alto, a paisagem da neblina entre os morros, era algo de prender a respiração. O branco das nuvens ficava mais forte contra os matizes de azul do horizonte.
Nosso destino era o Morro da Igreja onde está localizada um monumento natural chamado Pedra Furada.


Fica difícil descrever com palavras a visão que se tem do alto do Morro da Igreja. Aos poucos o sol obrigava a neblina a se dissipar mostrando os canyons e as formações rochosas do cenário.
Vamos  apreciar a vista.





As araucárias completavam a paisagem, desenhando extranhas formas no ceu azul.



Uma rápida passada pelo Veu da Noiva (sempre tem um em qualquer lugar que eu vou) e rumamos para a Serra do Corvo Branco, onde mais surpresas estavam nos aguardando.





A foto à direita, mostra uma passagem escavada pelo homem, na rocha, com 85 metros de altura. Foi preciso muita dinamite e muitos homens para fazer essa escavação. A visão é impressionante.

Os penhascos gigantescos estão em todos os lados. Aliás, tudo é gigantesco, até a vegetação, com enormes folhar do que eles chamam de urtiga.




E assim deixamos Urubici, cidade de nome extranho, e de maravilhosas paisagens. Não sei se alguma outra vista vai nos impressionar tanto como a do Morro da Igreja com sua pedra furada pelo vento constante que esculpe canyons e formas nessas montanhas rochosas.










Na saida em direção a São Joaquim, encontramos essas duas casas que aparentemente foram visitadas várias vezes pelos "amigos do alheio". Um singelo aviso para que não perdessem mais tempo.



Clique nas imagens para visualizar em tamanho maior.


mmsalles março 2010

11.3.10

LAGUNA CIDADE HISTÓRICA E CURIOSA (viagem parte II)





A cidade de Laguna, em Santa Catarina, é um marco histórico na historia do Brasil. Foi lá que a menina Anita, casada com um bêbado, decidiu enfrentar toda a cidade e juntar-se com o guerilheiro italiano, chamado Giuseppe Garibaldi, que lutava junto aos gaúchos na Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha. Mas não é somente por esse motivo que a cidade de Laguna é famosa. 







Um fato curioso acontece em Laguna, onde equipes do mundo inteiro, inclusive do National Geographic Magazine, já mostraram na TV. É a pesca da tainha, ajudada por botos (especie de golfinho). Os botos cercam o cardume de tainhas e levam para a praia bem perto dos pescadores, que de tarrafa enchem o cesto de peixes. Ainda não é bem explicado esse fenomeno, mas isso acontece diariamente, sendo mais proveitoso no inverno.


Observados por gaivotas, martins pescadores ou siplesmente gatos de rua, os pescadores se revezam o dia todos, a espera dos botos brincalhões, que, quando não estão pescando surfam nas ondas em manobras legais.
Do alto do morro, entre antenas de TV, radio e telefone, a Virgem da Gloria observa a cidade.

No centro histórico esta situada a casa de Anita Garibaldi, carinhosamente chamada apenas de Casa da Anita. Uma casa simples, de um amarelo bem forte, pobremente mobiliada. 
Anita não foi uma mulher bonita, mas apaixonou-se loucamente pelo italiano Garibaldi (que por sinal  nada tinha de parecido com Tiago Lacerda na casa das sete mulheres).







E assim chegamos ao final dessa etapa de viagem, deixando Laguna para subir a Serra do Rio dos Rastros em direção a Urubici e São Joaquim. Mas isso é assunto do proximo blog.

Parte da equipe de aventureiros. Faltou um que serviu de fotografo e irá aparecer no futuro.
mm salles


9.3.10

CICLONE EM FLORIPA

Nossa viagem começou em Peruibe, S.Paulo, onde de carro descemos até Florianópolis. Hoje, dia 9 de março, às 5 horas da tarde, de repente o ceu ficou negro.
Da rua até o hotel foi um pulo. Parecia que o ceu estava prestes a desabar.
Lá chegando corremos para a cobertura, onde está a piscina e começamos a documentar o ciclone que passava bem em cima de nossas cabeças.

A enorme nuvem negra vinha se chegando, assustadora, devagar, empurrada pelo vento. Aos poucos ela cobria todo o ceu, encrespava as aguas do mar e fazia todos os turistas correrem para seus hoteis.
Somente uns poucos argentinos (Em Canasvieira onde estavamos, parecia Buenos Aires, só se escutava castelhano) se aventuraram a ficar na água, arriscados a levar um raio na cabeça.
Correr com um carrinho de sorvete, na areia molhada para fugir da tempestade, é complicado. Mas, na hora do aperto, não existe dificuldade.
Finalmente a chuva chegou, uma nuvem branca empurrada pelo vento forte. Longe de nós, é verdade, mas não menos preocupante. A chuva que caiu onde estavamos, foi forte. Tão forte que tivemos de entrar e aproveitar o barulho da água na varanda, para tirar um merecido cochilo.
mmsalles