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15.3.10

SÃO JOAQUIM (viagem parte IV)


O sol já havia se escondido no horizonte, quando chegamos a São Joaquim. Uma cidade pequena, com poucos atrativos, porém com muita gente simpática.


Uma colina recheiada de casas coloridas, vista da janela do hotel, parecia um presépio pela manhã. As casas  coloridas, criam uma vista curiosa, onde até os telhados são pintados de roxo, azul ou verde.



A igreja, em frente a praça, tem uma arquitetura parte medieval, parte gótica e aos domingos, mesmo com apenas um sino, acorda os hospedes e moradores às 07:00 da manhã, chamando para a missa.

Resolvemos dirigir sem destino pela cidade e entramos em um parque que parecia estar em festa. Estava! Era uma reunião do CTG GAUDÉRIOS da PUA e outros CTGs convidados.

Por todo lado, cavalos e gaudérios caminhavam pelo parque a espera de sua vez para demonstrar suas habilidades com suas montarias.



Indiferente ao rodeio, o sanfoneiro tocava uma milonga para o deleite do gaúcho que relembrava os bons tempos da juventude.


Parte obrigatoria da indumentária é a faca na cintura para cortar pedaços do churrasco. Solitário, sentado em um banco, esse senhor apreciava o movimento, perdido em pensamentos



Enquanto isso, na arena os cavaleiros tentavam laçar as reses que corriam para um portão do lado oposto. Valia ponto laçar apenas os chifres, tarefa difícil porém bem executada pelos vaqueiros.
Volni Santos é um dos diretores do CTG. Sorriso aberto e um papo muito agradável, nos fez sentir em casa entre os catarinenses presentes. Enquanto isso, seu filho José Manoel de apenas 6 anos, cavalgava um enorme cavalo, que pacientemente caminhava devagar apesar dos apelos do garoto para ir mais rápido.


O aprendizado com a montaria começa muito cedo, sem importar o tamanho, cor da pele, ou idade. Às vezes é difícil alcançar o estribo, mas os garotos nem se importam.

A frase acima é mais que verdadeira, afinal o vinho é uma bebida milenar, que foi utilizada até na Santa Ceia.
À tarde fomos visitar uma das poucas vinicolas de S. Joaquim., porém uma das melhores do Brasil. Acredito que a sua construção é imbatível. Situada a 1250 metros de altitude, a Villa Francione, foi fundada em 2004 por Dillor Freitas, um industrial dono de diversas empresas como a Cerâmica Portinari. Criou a vinicola, ele mesmo como arquiteto de uma peculiar obra de engenharia onde a fabricação do vinho utiliza a força da gravidade, devido a topografia do terreno. Como enólogo trouxe o famoso Orgalindo Bettu, especialista em vinhos estilo Bordeaux.



As parreiras estão quase sempre cobertas por um plástico especial para proteger das geadas. (esquerda). Hoje a filha mais velha do fundador toca a vinícola e mora nesta colina (foto à direita).


Os detalhes são lindos. Cada peça foi escolhida pessoalmente pelo empresario  Dillor Freitas, seu fundador. Peças vindas da Indonésia, da Europa e outras como as ao lado do Uruguai. Dillor faleceu sem apreciar a produção dos primeiros vinhos de sua vinicola.
E foi com o sorriso de nossa simpatica atendente do São Joaquim Park Hotel, que deixamos a pequena cidade em direção a Gramado e Canela, proxima etapa de nossa viagem.

A foto a seguir é do nosso grupo ainda em Urubici.
Da esquerda para direita, Beatriz, Mauricio, Rose, Adilson, Josette e eu.
mm salles