Quando os portugueses chegaram à Bahia, encantaram-se com a quantidade de locais onde podiam aportar suas caravelas, no litoral de uma enorme baia, que bem mais tarde veio a chamar-se "Baia de Todos os Santos".
Dezenas de pequenas ilhas, rios desembocando no mar e uma vegetação luxuriante. Em uma região às margens do Rio Paraguassú, habitava uma tribo de indios chamada de "Marag-gyp" o que significa rio dos mosquitos, por ser ladeada por enorme manguesal de mais de 30 quilômetros.
Mais tarde a cidade de Maragogipe foi fundada e tornou-se município em 1693, hoje cidade desde 1850.
É dessa cidadezinha de cerca de 45 mil habitantes, a maioria descendente de escravos, que iremos visitar através das fotos que tirei após a Regata Aratú-Maragogipe, um dos grandes eventos da cidade.
A arquitetura secular de casas humildes.
Calçamento secular de pedras trazidas por grandes barcos e os sobrados dos senhores
portugueses, fazem a identificação da pequena cidade.
O gôsto por cores fortes é visível por toda parte. Algumas casas recentemente reformadas e pintadas, fazem contraste com outras quase em ruínas.
A velha cidadezinha reluta em modernizar-se e isso cria um beleza plástica, certamente não apreciada pelos moradores dessas antigas casas.
Em 1920, a fábrica de charutos Suerdick era uma das emprêsas que sustentava muitos emprêgos na cidade. |
A única modernidade são os poucos carros que trafegam pelas ruas estreitas. Se fecharmos os olhos para os monstregos de 4 rodas, poderemos imaginar cavalos, charretes e carruagens trafegando pelas vielas.
São Bartolomeu, o padroeiro da cidade e responsável pela maior festa popular em Maragogipe. A estátua de gosto duvidoso, fica em meio a uma praça onde abriga vendedores de artesanatos, vindos de outras cidades do recôncavo.
Aos pés de S. Bartolomeu, um descanso baiano que ninguem é de ferro... |
GENTE DO LOCAL
Atoa na vida, olhando a banda passar |
Os mascarados, conhecidos como "caretas" fazem a festa mesmo fora do carnaval. |
As meninas, os sorrisos e o cãozinho...