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3.2.12

YEMANJÁ 2012 - DIA DOIS DE FEVEREIRO


Dia dois de fevereiro é o dia de Yemanjá, rainha do mar e de todas as criaturas que nele vivem e dos homens que dele retiram seu sustento. Yemanjá é mãe e dos seus enormes seios surgem os rios.  Sereia com  cauda de peixe, ela é representada como mulher-peixe, vaidosa, apreciadora de flores, perfumes, e outros presentes, que quando aceitos, não retornam a praia.



A festa é no bairro do Rio Vermelho, onde se localiza uma antiga colonia de pesca. No ano de 1923, os pescadores locais notando um diminuição gradativa do pescado, resolveram ofertar no dia dois de fevereiro, presentes para Yemanjá ou Dona Janaina, a rainha do mar como também é conhecida.
                                                          
O sincretismo com os santos católicos fazem com que Yemanjá seja representada por Nossa Ssenhora dos Pescadores (Santana). Por isso a representação dela como  mulher vestindo um longo manto azul. No início a igreja católica festejava junto com os pescadores a data, Nos anos 60, a igreja resolveu considerar a festa como pagã e sempre mantém a porta  da Igreja de Santana situada bem ao lado da Casa de Yemanjá, fechada, .
Representada como sereia, seios à mostra e  coroa de rainha, ela é homenageada com muitas flores e frutas  como se pode ver na foto ao lado.   Suas cores são o azul claro, representando o mar e o branco das ondas.
É nessa mistura de simbolismos, oferendas, crenças e religiões, que as ruas e a praia no Rio Vermelho ficam coloridas e lotada de fiéis, que mesmo professando outras religiões, sempre respeitam o orixá representativo da dona das aguas salgadas.

Flores, velas, uma imagem do Cristo e o prato com dinheiro deixado por fiéis para ser ofertado.

CANDOMBLÉ


Os atabaques repicam com toques das cerimônias afro baiana, trazendo para a praia
a música hipinótica dos terreiros. Homens e mulheres rodopiam em transe.
as fotos abaixo mostram os fatos.





AS OFERENDAS





 ODOIÁ !


OS PERSONAGENS DA FESTA





Uma linda imagem da vendedora de flores.

Vendedores de flores e de chapeus, capoeiristas, mediuns de verdade ou não,  até um Gurú indiano
se misturavam a centenas de fiéis e turistas.

FILAS
Flores nas mão, fé no pensamente, um pedido, um desejo e muita paciência

Na fila quilométrica sob um sol escaldante, turistas e locais não esmoreciam para levar seus
presentes para sua orixá de fé.

TUDO, TODOS E FINAL

A falsa Yemanjá posa para as dezenas de fotografos...


Acarajé bem quentinho e apimentado para retomar as forças.

Contemplativa, a mulher de blusa amarela reza e espera a onda certa para jogar suas flores. Se não retornar a praia, graça alcançada.

Um turista tatuado, sem entender muito do que se passa,
olha o mar e joga sua oferenda.

FINAL

Voltamos ao Yacht Clube, para pegar carona na lancha do amigo Teng Li
e fomos fazer as últimas fotos.

 O vento soprava forte e o mar estava agitado. Dezenas de lanchas se amontoavam para
ver a largada dos barcos com o presente. Muitos foguetes. Presente jogado. Mar repleto de
flores e bonecas de plástico que boiavam esperando as ondas, e...acabou a festa.


Da minha janela, ainda pude ver as outras lanchas retornando a suas marinas
Ano que vem, tem mais.

mecenas salles
2 de fevereiro de 2012
Festa de Yemanjá

obrigado pela visita.


2 comentários:

  1. Que lindo! Dá vontade de marcar uma visita neste segundo.

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  2. Você contou toda a história detalhada...
    Adorei, as suas fotos são sempre deslumbrantes...
    Um dia com certeza vou conhecer a linda Bahia.

    beijos,
    Luci

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