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5.4.10

UMA HISTORIA EM QUADRINHOS

Essa historia em quadrinhos é verdadeira. Não sou o Dr. Dollitle que entendia o idioma dos animais, mas desta vez pude bem entender pela expresão corporal dos participantes o que eles queriam dizer. Aconteceu no inicio do mês de Março de 2010.

Uma tarde de sol e nuvens na pacata cidade de Peruibe, estavamos sentados e tomando umas cervejas em uma barraca à beira da praia. Praia deserta, uma brisa suave no ar. Olhava distraido o mar em sua eterna cantilena de ondas a quebrar na areia. Entre nós e o mar, apenas um balcão na beira da barraca.

Um pombo chamado André, também olhava o mar (pombos também olham o mar quando nada mais têm o que fazer), como a espera e alguma coisa.

Menos de um metro adiante, uma gaivota chamada Isaura (parece nome bom para gaivota), também esperava algo. Majestosa e arrogante, ela desprezava o pombo como a dizer "este lugar é meu, oh escurinho! Se manda!".

"Ah!, finalmente chegou a comida. Agora sim, vou me banquetear" disse Isaura assumindo pose de guardiã da mesa do banquete. "Não vai ter para ninguem!"

"Isso é o que ela pensa!" pensou o André com suas penas. "Sou menor, mas sempre tenho meus truques.  Ela vai ver o que é bom!"

"Ah, é!, se atreva e verá o que faço com você, mísero pombinho". disse a arrogante e valentona, também quase o dobro do tamanho de André.

Foi aí que veio a surpresa. Chamando a turma para uma reunião de emergência, André começou a desenhar uma estratégia para pegar a comida, mesmo com aquela gaivota metida, que não se mexia nem um centimetro de onde estava. "Vamos fazer o seguinte, turma, disfarçar, chegar em grupo e tcham...pegamos a comida e caimos fora." decidiram.

A estratégia começou a ser executada  disfarçadamente. Agora eram 2 pombos. Isaura mais que depressa baixou o bico e disse: "Venham...quero ver!"

E eles vieram, fazendo tal barulho que Isaura fugiu amedrontada. André ocupou o lugar de guardião, enquanto a turma pegava comida.

Fartos de tanto comer, foram embora para a praia voando em formação para bem longe dalí.

Sorte de Isaura, que colocaram mais comida na balaustrada. Sem mais nenhum dos pestinhas para aborrecê-la, ela comeu sossegadamente seus pedaços de pão, enchendo a pança até não poder mais.

Barriga cheia Isaura pensou: "Umas pedaladas bem que me faria bem agora...nháááá...talvez uma caminhada...mas já viu uma gaivota que é gaivota caminhar?
Assim a paz voltou a reinar nas areias de Peruibe, voltamos a nossa cerveja e aos planos da longa viagem ao sul do Brasil.
FIM...

mm salles Abril 2010

2 comentários:

  1. eu não podia deixar de comentar tal história em quadrinhos que de algumas poses, este poeta Mecenas me prendeu até o fim!!
    Adorei sua história em quadrinhos!! a única que escrevemos com Hi!!!! beijo grande!!!

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  2. Sensacional!!Sua história tem muito jeito das histórias que a Tia Tiz inventava aos filhos, quando pequenos, e agora conta às sobrinhas.
    Merece um Pulitzer: jornalismo,imagem, ação e imaginação.
    Beijos aos Salles queridos.

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