Uma tarde de sol e nuvens na pacata cidade de Peruibe, estavamos sentados e tomando umas cervejas em uma barraca à beira da praia. Praia deserta, uma brisa suave no ar. Olhava distraido o mar em sua eterna cantilena de ondas a quebrar na areia. Entre nós e o mar, apenas um balcão na beira da barraca.
Um pombo chamado André, também olhava o mar (pombos também olham o mar quando nada mais têm o que fazer), como a espera e alguma coisa.
Menos de um metro adiante, uma gaivota chamada Isaura (parece nome bom para gaivota), também esperava algo. Majestosa e arrogante, ela desprezava o pombo como a dizer "este lugar é meu, oh escurinho! Se manda!".
"Ah!, finalmente chegou a comida. Agora sim, vou me banquetear" disse Isaura assumindo pose de guardiã da mesa do banquete. "Não vai ter para ninguem!"
"Isso é o que ela pensa!" pensou o André com suas penas. "Sou menor, mas sempre tenho meus truques. Ela vai ver o que é bom!"
"Ah, é!, se atreva e verá o que faço com você, mísero pombinho". disse a arrogante e valentona, também quase o dobro do tamanho de André.
Foi aí que veio a surpresa. Chamando a turma para uma reunião de emergência, André começou a desenhar uma estratégia para pegar a comida, mesmo com aquela gaivota metida, que não se mexia nem um centimetro de onde estava. "Vamos fazer o seguinte, turma, disfarçar, chegar em grupo e tcham...pegamos a comida e caimos fora." decidiram.
A estratégia começou a ser executada disfarçadamente. Agora eram 2 pombos. Isaura mais que depressa baixou o bico e disse: "Venham...quero ver!"
E eles vieram, fazendo tal barulho que Isaura fugiu amedrontada. André ocupou o lugar de guardião, enquanto a turma pegava comida.
Fartos de tanto comer, foram embora para a praia voando em formação para bem longe dalí.
Sorte de Isaura, que colocaram mais comida na balaustrada. Sem mais nenhum dos pestinhas para aborrecê-la, ela comeu sossegadamente seus pedaços de pão, enchendo a pança até não poder mais.
Barriga cheia Isaura pensou: "Umas pedaladas bem que me faria bem agora...nháááá...talvez uma caminhada...mas já viu uma gaivota que é gaivota caminhar?
Assim a paz voltou a reinar nas areias de Peruibe, voltamos a nossa cerveja e aos planos da longa viagem ao sul do Brasil.
FIM...
mm salles Abril 2010
eu não podia deixar de comentar tal história em quadrinhos que de algumas poses, este poeta Mecenas me prendeu até o fim!!
ResponderExcluirAdorei sua história em quadrinhos!! a única que escrevemos com Hi!!!! beijo grande!!!
Sensacional!!Sua história tem muito jeito das histórias que a Tia Tiz inventava aos filhos, quando pequenos, e agora conta às sobrinhas.
ResponderExcluirMerece um Pulitzer: jornalismo,imagem, ação e imaginação.
Beijos aos Salles queridos.