A chuva castigou a Bahia por alguns dias após ter arrasado com Niteroi, inundado o Rio e agora partindo para Sergipe.
Hoje, dia 16 de maio, ela nos deu uma trégua e o sol apareceu novamente, trazendo um ceu azul e um mar colorido.
Mais que depressa, os moradores de uma favela, correram para lavar e pendurar suas roupas na corda, para aproveitar a estiagem.
Esta foto, tirada da janela de minha casa, às 14 horas, ilustra o que foi dito acima. É bem verdade que o ceu não está tão azul, mas ficou mais tarde.
Pouco importa o sexo. Todo mundo aproveitando para lavar roupas e estender no varal.
"Lava a roupa todo dia, que agonia"
Não importa a quantidade, o importante é achar um lugarzinho para estender tanta roupa.
No andar de baixo ou de cima, pouco importa, desde que um pouco do sol ajude a secar.
Se faltar lugar em casa, dois pregos no muro da rua, viram em um instante uma corda de secar as roupas.
"Nossas roupas comuns dependuradas,
no morro qual bandeiras desfraldadas,
pareciam um estranho festival"
"Festa de nossos trapos coloridos,
a mostrar que no morro mal vestido
é sempre feriado nacional."
(Orestes Barbosa)
O mar vestiu-se de festa, em um degradê de verde e azul. E assim, a chuva se foi
de repente, da mesma forma como veio.
Em vez de dar o ar da graça, deu o ar da desgraça,levando vidas e barracos.
Politicos apareceram para dizer que não tinham culpa.
O dinheiro reservado para substituir barracos por casas populares, sumiu...desapareceu como
por encanto...e, por enquanto sobra o choro dos pobres, dos desamparados, que apenas
servem para dar seus votos em troca de esmola.
Triste Brasil!
mm salles 16-4-2010
Pois é, Mecenas.
ResponderExcluirMeu filho mais velho comentou: "- Se chover é um fenòmeno natural, a explicação para a tragédia é a natureza ou são as interferências que homem fez?"
Suas fotos são lindas. Os tons azuis estão magníficos.
Bjs de Niterói...
HB